55 andares acima de Joanesburgo, o centro financeiro
da África do Sul, Leonardo é um arranha-céu de uso
misto sólido e reluzente. Mas não seria o prédio
mais alto da África, a menos que a equipe do projeto
previsse um surto de crescimento surpreendente.
A jornada da proposta inicial de um edif ício de 33
andares para um gigante recordista de 233 metros
foi longa, com pelo menos duas grandes mudanças
de escopo ao longo da fase de construção de seis
anos do projeto. Cinco anos depois do projeto de
USD 209 milhões, os patrocinadores concordaram
em financiar os andares adicionais para que o
prédio abrigasse um hotel de luxo no futuro.
Assim como o inventor renascentista que dá
nome ao edifício, a equipe do projeto, liderada
pela incorporadora Legacy Group e a empresa
de designer Co-Arc International Architects Inc.,
estava fervilhando com engenhosidade inovadora e
solução criativa de problemas.
“Nunca foi nossa intenção construir o edifício
mais alto da África”, disse Jamie Hendry, diretor do
Legacy Group, Joanesburgo, África do Sul.
UMA FUNDAÇÃO FLEXÍVEL
O Leonardo foi construído em um local que havia
sido escavado por um desenvolvedor anterior e
que abandonou o projeto depois de implantar as
fundações de concreto e grade. Para economizar
tempo e dinheiro, a equipe do Leonardo decidiu
deixar o concreto existente no local e fazer as
modificações necessárias para mudar a construção
anterior, com modificações no controle de qualidade.
Injetar novos pontos de apoio para evitar a maior
parte do que já estava lá foi planejado como uma
medida de mitigação de risco, disse Catharine Atkins,
diretora da Co-Arc International Architects, em
Johanesburgo. “Não queríamos confiar nessa massa
de concreto anterior feita para outro prédio e que
havia sido derramada sem o nosso conhecimento”.
No momento do estabelecimento da fundação do
Leonardo, a equipe optou por uma estrutura que pudesse
suportar um arranha-céu de 55 andares, apesar de o
projeto estar orçado para apenas 33 andares. A escolha
da fundação não acrescentou custos, mas deu à equipe
maior flexibilidade, disse Catharina. Essa decisão inicial
e empreendedora provou ser integral, pois deu ao cliente
e às equipes de projeto a elasticidade de que mais tarde
precisariam quando o escopo do projeto aumentou. Elevando-se