Não tema: os robôs não roubam seu tra- balho, eles apenas o tornam melhor. É o que afirma Geetha Gopal, que fala por experiência própria. Na última década,ela conduziu as organizações a uma estrutura orientada a dados, liderando iniciativas que injetam automação por meio de IA e aprendizado de máquina.
Basicamente, Geetha elabora atalhos que as organizações e suas equipes de projetos sequer sabiamda existência.
Por exemplo, enquanto trabalhava para umagigante das montadoras, Geetha liderou um projetopara usar ferramentas e algoritmos de código abertopara analisar dados históricos e gerar soluçõessignificativas. O que começou como um produtomínimo viável transformou a maneira como asinformações eram compartilhadas, processadas eusadas, reduzindo determinadas tarefas e processosque levavam até cinco dias a apenas alguns minutos.
“Existem estudos que sugerem que, quando os apare-
lhos domésticos chegaram ao mercado, décadas atrás,
as pessoas temiam que fossem acabar com empregos
manuais, mas na verdade libertou as mulheres de fazer
esses trabalhos físicos, inseriu-as na força de trabalho
e agora temos ótimas mulheres líderes”, disse Geetha.
“Sim, existem certos trabalhos que podem ser facil-
mente automatizados ou executados pelas tecnologias
disponíveis ou em desenvolvimento, mas isso deve
ser incentivado, pois liberará recursos valiosos para se
concentrar no engajamento e comunicação com outras
partes interessadas”.
Em vez disso, argumentou, os robôs estão reformu-lando as funções e responsabilidades de projeto: maisequipes virtuais, melhor tomada de decisão e menosdependência da interaçãohumana para as atividades do dia a dia. À medidaque o software de IA reduzos números e lança novassoluções, o papel dos líderesde projeto se tornará maisestratégico do que tático. Osdados podem ser importantes, mas “são as pessoas quedefinem o sucesso ou fracasso dos projetos”, disse ela.
Geetha está entre os queestão acelerando a transi-ção de equipes atentas amudanças. A maioria dasempresas está mais próxima do futuro rico emtecnologia do que imagina,disse ela. A alimentação deanos de dados que eles jádepositaram em programas de computador podeajudar a descobrir padrõesque antes não eram detec-tados. “Quanto mais dadosvocê tiver, mais treinamento dos seus algoritmospoderá ser realizado. E osresultados ou previsõesdesses algoritmos tendema ficar mais precisos”.
Para os agentes de mudança, ilustrar esses benefícios pode convencer os pessimistas das vantagensda automação em todos os níveis, especialmenteno topo. “Sem o endosso da alta gerência, qualquerprojeto, por maior que seja, tem uma chance muitobaixa de ser bem-sucedido”, disse Geetha. “Até quesejam redirecionadas da perspectiva da estratégia,as grandes organizações não poderão mudar”.
Geetha
Gopal, PMP
Sem o endosso da alta gerência,
qualquer projeto, por maior que
seja, tem uma chance muito
baixa de ser bem-sucedido”.
Por usar algoritmos para liberar capacidade
Qual projeto mais
influenciou você
pessoalmente?
O megaprojeto SmartNation em Singapurateve uma tremendainfluência sobre mimna última década deresidência aqui. Esteé um projeto em queo país se esforça paraproporcionar uma vidae recursos melhoresa seus cidadãos eresidentes, capacitar aeconomia digital pormeio de tecnologia,inovação e estruturade suporte e beneficiarempresas em todosos níveis. É incrívelver o quanto pode seralcançado por meiode projetos, o quenesse caso significaum ecossistema deconstrução de umanação por meio deiniciativas estratégicas.Observar como essesprojetos se desenrolame transformam avida das pessoas medá uma sensação desatisfação por estarem uma profissãotransformadora.
Panasonic
Ásia-Pacífico
Singapura