irá explorar a Utopia Planitia, uma planície onde oscientistas esperam encontrar evidências, no nívelde superfície, de reservatórios de água subterrâneospreviamente detectados em órbita. Um orbitadorestudará a atmosfera e o campo magnético de Martepor um ano marciano (quase dois anos terrestres).
“A Tianwen-1 vai orbitar, pousar e liberar umrover na primeira tentativa, e coordenar as obser-vações com um orbitador”, escreveu a equipe emartigo publicado na Nature Astronomy, chamandoa primeira tentativa desta manobra — se bemsucedida — de “um grande avanço técnico”.
Órbita adaptada
Para a Rússia e a Agência Espacial Europeia, adecisão de atrasar a missão ExoMars em 12 demarço ocorreu depois que os cientistas percebe-ram que faltava tempo para testar os paraquedasdo veículo espacial, antes da janela de lançamento.
A equipe também identificou erros no equipamento que dá suporte ao módulo de descida dorover e, finalmente, decidiu atrasar a missão atéque Marte e Terra estejam alinhados novamente.
Esperar pode ter sido fortuito, já que a pande-
mia global lançou incertezas sobre muitos
projetos. Para a NASA, tornou-se uma
correria. “Chegou a um ponto em que
eu não sabia se conseguiríamos chegar
ao fim”, disse Matt. “Não tínhamos mar-
gem para parar durante um mês e marcar
a data de lançamento”.
Para cumprir o cronograma, ele montou
uma equipe chamada Safe at Work, cuja função
era manter os membros da equipe protegidos da
COVID- 19 enquanto seguiam direção à data de lan-
çamento. A mitigação de riscos valeu a pena, com
um lançamento bem-sucedido e dentro do prazo.
Embora os rovers lançados em julho ainda este-
jam a caminho de Marte, as equipes do projeto já
estão pensando nas próximas viagens. Os Estados
Unidos e a China estão planejando missões de
retorno na próxima década.
“Marte é um lugar onde os humanos podempotencialmente estabelecer um assentamento”,disse Matt. “Isso é algo que sempre nos impulsionapara frente”.
Impressão artísticada missão Tianwen-1da China
IMAGENSCORTESIADANASA